Doença respiratória não identificada põe residentes de Pyongyang em isolamento
25-01-2023 - 15:00
 • Reuters

Autoridades não adiantam se se trata de Covid-19 ou outra doença do foro respiratório.

As autoridades na capital da Coeia do Norte, Pyongyang, impuseram esta quarta-feira quarentena obrigatória durante os próximos cinco dias face ao aumento de casos de uma doença respiratória não especifiada.

A notícia é avançada pelo NK News, um site de notícias com sede em Seul, na Coreia do Sul, citando um aviso formal do Governo norte-coreano.

Nesse aviso, as autoridades não especificam se a doença em causa é a Covid-19, sublinhando apenas que os residentes de Pyongyang têm de permanecer nas suas casas até ao final de domingo e submeterem-se a medições da temperatura corporal "múltiplas vezes por dia", indica o mesmo site.

Na terça-feira, o NK News tinha noticiado uma corrida aos supermercados em Pyongyang em antecipação de um apertar das medidas. Não é claro se outras áreas da Coreia do Norte também serão sujeitas a quarentena e isolamento.

A Coreia do Norte reconheceu um primeiro surto de Covid-19 em maio de 2022, cerca de um ano e meio depois do resto do mundo; em agosto declarou vitória sobre o novo coronavírus.

O regime ultra-secreto nunca chegou a confirmar quantas pessoas apanharam Covid, alegadamente porque não terá os meios necessários para executar testes em massa à população.

Em vez disso, reportou números diários de pessoas doentes com febre, um balanço que chegou a atingir os 4,77 milhões numa população de cerca de 25 milhões de pessoas. Esta contagem foi abruptamente suspensa a 29 de julho e não mais retomada até hoje.

Os media estatais norte-coreanos continuam a adiantar medidas anti-pandemia para combater infeções respiratórias, incluindo o vírus da gripe, mas não noticiaram ainda qualquer ordem de isolamento generalizado.

Na terça-feira, a agência estatal KCNA adiantou que a cidade de Kaesong, perto da fronteira com a Coreia do Sul, intensificou as suas campanhas de comunicação pública "para que todos os trabalhadores cumpram as regulações anti-epidémicas de forma voluntária no seu trabalho e nas suas vidas".