O Banco de Portugal quer que os bancos cumpram certos limites para atribuir novos créditos.
A instituição liderada por Carlos Costa sugere que os bancos atribuam novos créditos apenas a famílias que gastem até metade do seu rendimento com todos os seus empréstimos.
O Banco de Portugal lembra que a economia portuguesa continua a caracterizar-se por níveis elevados de endividamento e por uma baixa taxa de poupança das famílias.
Esta semana, a instituição liderada por Carlos Costa aprovou uma recomendação que introduz limites a alguns dos critérios usados na avaliação de solvabilidade dos clientes e que abrange a concessão de novos créditos à habitação, créditos com garantia hipotecária e créditos ao consumo.
Nos casos de crédito à habitação, o financiamento não deve ultrapassar 90% do valor do imóvel, ou a totalidade se a casa estiver na posse do banco. A taxa de esforço deve estar limitada a 50%, tendo já em conta a possibilidade da subida dos juros e a perda de rendimento com a reforma.
O prazo máximo dos empréstimos mantém-se nos 40 anos, mas até 2022 o banco de Portugal quer que o prazo médio baixe para 30 anos. No crédito ao consumo são 10 anos.
Estas recomendações devem entrar em vigor a partir de 1 de Julho, sendo que quem não cumprir, deve justificar a situação ao regulador.