Está escolhido o comprador da TAP. David Neeleman, dono da companhia aérea brasileira Azul, em parceria com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, serão os detentores de 61% do capital da transportadora aérea.
A notícia foi avançada pela TVI, "Diário Económico" e RTP, numa altura em que a reunião do Conselho de Ministros ainda não terminou. Fonte do Governo confirmou a notícia à Renascença.
Segundo os órgãos de comunicação social que avançaram a notícia, o projecto do novo dono, a disponibilidade para investir e os projectos de capitalização da empresa foram determinantes para a decisão e que o processo seja levado a bom porto.
Na proposta apresentada ao Governo, o consórcio promete investir 350 milhões de euros e reforçar a companhia aérea com 53 novos aviões.
A proposta de Neeleman e Barbosa deixou para trás a de Germán Efromovich, o dono da Avianca, que prometia a entrega de 12 novos aviões Airbus para a TAP e a renovação da frota da Portugália com aviões da Embraer, até 2016.
O percurso de Neeleman
Ao longo de uma carreira de duas décadas na indústria da aviação, David Neeleman chefiou três companhias aéreas. Em 1984 fundou a Morris Air, uma empresa de "charters" de baixo custo e desde então nunca se desligou deste sector. Na Morris, implemetou pela primeira vez o sistema de "check-in" sem papel.
Chegou a chefiar a JetBlue Airways antes de sair dessa empresa para fundar a Azul, que opera no Brasil, o país onde nasceu.
Apesar de ter saído do Brasil ainda criança, o empresário não perdeu o contacto com o país. Como membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida informalmente como a Igreja Mórmon, Neeleman, que tem nove filhos, trabalhou dois anos como missionário no Nordeste brasileiro e fala fluentemente português.
Qual é a herança do futuro dono da TAP? A companhia em números