A ponte 25 de Abril, em Lisboa, vai ser sujeita a trabalhos de manutenção durante dois anos, anunciou esta quarta-feira a Infraestruturas de Portugal (IP).
A empreitada é complexa. Fonte da Infraestruturas de Portugal explicou à Renascença que são trabalhos que decorrem da última grande intervenção concluída em 2013.
Desde essa altura que a ponte é monitorizada diariamente e, agora, chegou-se à conclusão que é preciso fazer várias reabilitações, assim como que pequenos remendos, para reparar fissuras na parte suspensa, na estrutura, e também no acesso na zona de Alcântara.
A mesma fonte explica que vai ser lançado o concurso internacional nos próximos dias.
Ainda não existe previsão de quando podem começar a ser feitas estas obras, mas talvez possam arrancar até ao final do ano.
A estimativa é que custem à volta de 18 milhões de euros e que demorem dois anos, ou seja, para ficaram concluídas até 2020.
A Infraestruturas de Portugal é responsável pela estrutura da ponte e também com a parte da linha ferroviária da ponte, já que integra a REFER.
Mas estas obras não têm nada a ver com o comboio da ponte. É na parte da estrutura que é preciso fazer reparações.
A Infraestruturas de Portugal garante que são trabalhos normais, não são consideradas obras urgentes, mas têm de ser feitas.
Relatório “secreto” do LNEC aponta risco de colapso
A revista “Visão” cita um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que aponta para a necessidade de obras imediatas e urgentes.
O relatório, que terá sido entregue ao Governo no mês passado, avisa que se não forem tomadas medidas urgentes, e caso não se façam as obras, poderá ser preciso restringir o tráfego de pesados e de comboios de mercadorias.
A revista acrescenta que este aviso chegou ao gabinete do secretário de Estado das Infraestruturas, que aguarda há seis meses por “luz verde” do Ministério das Finanças para libertar verbas para estas obras.
A revista relata ainda que a demora nas obras levou, no final do mês de fevereiro, o conselho de segurança da ponte - que integra a Lsponte, a Refer e a Infraestruturas de Portugal, entre outros - a debater o assunto numa reunião, da qual saiu um relatório secreto do LNEC que foi entregue ao Governo.
A “Visão” escreve ainda que este relatório do LNEC, que fala em brechas na estrutura e perigo de colapso, veio dar urgência ao pedido da despesa para fazer as obras.
Na sequência desta notícia o CDS chamou ao Parlamento o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e o presidente do LNEC, Carlos Alberto de Brito Pina.
[notícia atualizada às 20h53]