Um elemento dos Journey abriu um processo judicial contra um colega da banda rock que no mês passado atuou para uma série de políticos do Partido Republicano, incluindo Donald Trump, em Mar-a-Lago, a casa do ex-Presidente dos EUA, na Flórida.
O famoso single, lançado em 1981 pelo teclista Jonathan Cain, o guitarrista Neal Schon e o cantor Steve Perry, ganhou novo fôlego 30 anos depois quando foi usado no último episódio da série de televisão "Os Sopranos".
Cain, de 71 anos, integra o círculo próximo de Trump porque a sua mulher, a evangélica Paula White-Cain foi, em tempos, conselheira espiritual do ex-chefe de Estado norte-americano.
Em novembro, o teclista dos Journey fez uma atuação para um grupo de republicanos, entre eles Marjorie Taylor Greene, Kari Lake e a família Trump, na qual cantou o "hit". Ontem, foi revelado pela revista Variety que o advogado de Neal Schon enviou uma notificação extrajudicial a Cain por causa desse concerto privado no resort privado de Trump na Flórida.
Na carta, o advogado do guitarrista dos Journey refere que, "apesar de o senhor Cain ser livre de expressar as suas crenças e ligações pessoais, fazê-lo em nome da banda é extremamente prejudicial para a marca Journey, porque polariza os fãs. Os Journey não são, nem devem ser, políticos."
"O sr. Cain não tem direito a usar os Journey para fazer política nem a capitalizar da marca Journey para promover a sua agenda política e religiosa em detrimento da banda", é acrescentado na missiva.
Os dois elementos da banda já estão envolvidos numa outra guerra judicial por causa das finanças dos Journey, com os advogados de Schon a alegarem no mês passado que o guitarrista foi impedido de aceder aos registos financeiros da banda e de usar o cartão de crédito da American Express partilhado pelos elementos dos Journey.
Os advogados de Cain argumentam que Schon foi impedido de usar o cartão por causa de "despesas pessoais impróprias" de mais de 1 milhão de dólares, uma alegação que o guitarrista diz ser uma "mentira maliciosa".