André Ventura dá uma no cravo e outra na ferradura. Se por um lado, avança que todos os partidos com assento parlamentar foram convidados para o encerramento da Convenção Nacional do Chega, que decorre em Viana do Castelo, por outro, diz não ter a certeza se a esquerda recebeu o convite.
“Convidamos todos os partidos do arco da democracia”, mas, questionado se o partido endereçou o convite ao BE e ao PCP, Ventura hesitou: “Não tenho a certeza. Penso que todos os partidos foram convidados, mas vou confirmar”.
O impasse marcou a chegada de André Ventura à Convenção do Chega, que termina este domingo no Centro Cultural de Viana do Castelo, onde foi recebido com aplausos pelos militantes.
Em declarações aos jornalistas, o líder do Chega adiantou que, durante o discurso de encerramento do encontro, este domingo, serão anunciadas mais propostas eleitorais. No entanto, não quis explicar as já anunciadas, este sábado, como o corte de impostos e a subida de pensões até ao salário mínimo nacional.
Mais explicações só depois da apresentação do programa eleitoral “preparado por economistas, por pessoas antigamente ligadas à governação do país que conhecem os dossiers” e que deverá ser conhecido em breve, adiantou.
Segundo André Ventura, trata-se de um programa “ambicioso, credível, forte capaz de perceber onde se podem fazer cortes e onde se deve fazer investimento”. “Este foi o programa mais bem preparado da história do Chega para ser governo”, rematou.
André Ventura foi reeleito, este sábado, para a presidência do Chega com 98,9% dos votos numa eleição sem oposição interna. Um facto encarado pelo reeleito líder do Chega como sinal de “satisfação dos militantes” e de que não há “fraturas” no partido que está, disse, “unido e forte”.
A Convenção Nacional do Chega, a sexta em cinco anos de partido, termina este domingo em Viana do Castelo.