Maria de Belém Roseira considera que a sua “experiência pública e política” são determinantes para a função presidencial. Em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, a candidata a Presidente da República apresenta os seus trunfos eleitorais.
“Eu conheço o país profundamente, eu conheço o país não das voltas da campanha eleitoral. Eu fiz muitas campanhas eleitorais, eu fiz muito trabalho em todo o Portugal, eu fiz acções, criei experiências inovadoras, realizei actividades, tomei decisões, fui confrontada com muitas tensões, com situações de grande complexidade e as pessoas sabem como é que eu decido, sabem como me comporto”, afirma a antiga ministra da Saúde.
Maria de Belém considera-se “uma pessoa fiável, que não falta aos seus compromissos e que tem sempre vontade de construir algo de positivo”.
E acrescenta: “Porque há muita gente – isto é como nas escolas ou nas universidades – que vai às aulas e não aprende nada . Eu fui à aula da vida e aprendi muita coisa.”
Nesta entrevista à Renascença, a antiga ministra socialista lança um forte ataque ao adversário Marcelo Rebelo de Sousa, que considera não ser uma pessoa “fiável” e que é criticado pela própria direita.
“Por algum motivo a direita é tão crítica em relação ao candidato de direita [Marcelo Rebelo de Sousa]. É porque o conhece bem.”
Afirma que Marcelo Rebelo de Sousa “faz bem o estilo de comentador” político, mas o Presidente da República “não pode ser um comentador” que “uma semana crítica um, noutra semana critica outro”.
“Isto era uma agitação permanente. Ele próprio também sabe perfeitamente que é assim e, por isso, é que Pedro Passos Coelho, quando num congresso definiu as características que para o PSD um candidato presidencial deve ter, referiu que não pode ser um cata-vento.”
Maria de Belém diz que, se chegar à Presidência, a sua primeira prioridade será acudir à pobreza infantil.
Aos portugueses deixa uma garantia: “Não serei uma Presidente intrometida naquilo que não devo e serei uma Presidente activa naquilo que devo”.