O primeiro grupo de portugueses retirados da Ucrânia já chegou à Roménia. A informação foi confirmada à Renascença por Edgar Cardoso que adianta que vários portugueses com dupla nacionalidade ficaram retidos na fronteira.
De acordo com director do futebol de formação do Shakhtar Donetsk, que integra o grupo de portugueses retirados da Ucrânia nesta madrugada, “havia filhos de portugueses que viviam já na Ucrânia, casados com portuguesas, mas todos os homens entre os 18 e os 60 anos não passaram a fronteira. Ficaram retidos”.
“Um rapaz com 20 anos que vinha no meu carro não passou. A mãe foi obrigada a passar a fronteira e o filho ficou com o pai do lado ucraniano”, conta.
O ministro dos Negócios Estrangeiros recordou, este sábado, que a "deslocação foi organizada anteontem e ontem [quinta e sexta-feira] com saída por via terrestre na direção da Roménia".
Nesse grupo, inicialmente composto por 41 pessoas, seis ficaram para trás por serem homens luso-ucranianos entre os 18 e os 60 anos, confirma Augusto Santos Silva.
Numa mensagem de vídeo no Facebook, após o início da operação militar russa contra a Ucrânia, Zelensky decretou a lei marcial em todo o país, segundo a qual todos os homens com idades entre os 18 e os 60 anos ficam proibidos de abandonar o país e poderem ser chamados para combater.
Esse grupo "mais avançado, que saiu logo com o senhor embaixador, é constituído por 35 pessoas e está neste momento no Norte da Roménia, alojado já em território romeno, e está já a ser apoiado pela embaixada portuguesa em Bucareste".