Numa pergunta enviada ao Ministério da Defesa Nacional, o deputado comunista António Filipe afirma que, em 2017, “três helicópteros Puma vieram da Suíça para apoiar” no “combate aos fogos”, apesar de o país ter “armazenados cerca de uma dezena desses helicópteros, cujo destino, a continuarem assim, será a sucata”.
Depois de citar a resolução para a “aquisição e locação de meios” para o combate a incêndios de 2023 a 2026, António Filipe quer saber do executivo “qual a razão para a aquisição de helicópteros médios quando, certamente, seria melhor para o país recuperar e voltar a operar os helicópteros Puma”.
O parlamentar comunista argumentou que existem sobresselentes para recuperar e atualizar “um número significativo dos helicópteros armazenados, de forma a permitir a sua utilização” no combate aos incêndios”, e que os custos dessa operação “serão economicamente mais viáveis que o custo de aquisição e locação de outros meios”.
E afirmou que esta pode ser “também uma oportunidade para a indústria aeronáutica nacional”.
Os helicópteros Puma, após 40 anos de serviço, foram desativados com a sua substituição pelos EH101 Merlin, em 2005, mas ainda foram utilizados pela Força Aérea em 2008, nas bases aéreas de Montijo e Lajes (Açores), alguns deles até 2012.
Parte dos aparelhos foi posta à venda e em 2014 foram armazenados na base de Beja.