O Presidente da República agradeceu, "em nome do povo português", a mensagem que o Papa Francisco enviou ao sobrevoar Portugal, durante a viagem para o Panamá para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).
Num telegrama destinado a Marcelo Rebelo de Sousa, o Papa garantiu que os portugueses estão sempre presentes nas suas orações e abençoou o povo português com alegria e paz.
Através de uma nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa "agradeceu em nome do Povo português e no seu próprio, o gesto papal".
O Presidente da República, que também se deslocará ao Panamá a convite do seu homólogo panamiano Juan Carlos Varela e onde deverá estar entre 25 e 27 de janeiro, sublinhou que as JMJ "permitirão divulgar os valores da paz, da solidariedade e da justiça social, revestindo-se assim de um significado e alcance globais".
Na terça-feira, o Presidente da República disse esperar e desejar poder ouvir "da boca do Papa Francisco" no domingo, no Panamá, que as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, em 2022, se realizam em Lisboa.
O Papa chegou esta quarta-feira à noite ao Panamá para participar nas JMJ, que concentra milhares de peregrinos naquele país sul-americano, a quem Francisco falará de migrações, violência e ecologia, entre outros temas.
O Aibus A330 da companhia italiana Alitalia chegou ao aeroporto internacional de Tocumen às 16h15, horas locais (21h15 em Lisboa), onde foi recebido oficialmente por uma comitiva de honra, encabeçada pelo Presidente do Panamá.
Esta é a terceira edição internacional das JMJ presidida pelo Papa Francisco, depois de Rio de Janeiro, em 2013, e de Cracóvia, em 2016.
O único Papa a ter visitado o Panamá, até hoje, foi João Paulo II, em março de 1983.
A organização da JMJ 2019 contabiliza, no arranque da iniciativa, mais de 100 mil peregrinos de 156 países, acompanhados por 480 bispos e conta também com a participação de 300 portugueses de 12 dioceses e seis congregações e movimentos (Salesianos, Caminho Neocatecumenal, Equipas de Jovens de Nossa Senhora, Juventude Mariana Vicentina, Schoenstatt e Focolares).
A delegação portuguesa inclui também 30 voluntários e seis bispos, nomeadamente D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, D. Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família e bispo auxiliar de Lisboa, D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, D. Manuel Felício, bispo da Guarda, D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga e D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.
Este é o primeiro momento de encontro global dos jovens após o sínodo dos bispos que lhes foi dedicado, em outubro de 2018, e no qual foi reforçada a necessidade de continuar a caminhar com os jovens.
Celebradas todos os anos ao nível diocesano e com um intervalo periódico de dois ou três anos, em diferentes partes do mundo, as jornadas foram criadas pelo papa João Paulo II em 1985.