Costa quer fundos comunitários a pagar extensão dos metros de Lisboa e Porto
26-09-2017 - 11:56
 • Susana Madureira Martins

Secretário-geral do PS viajou de metro entre Odivelas e o Rato, em Lisboa, e voltou a criticar a proposta de Assunção Cristas de criação de 20 novas estações até 2030.

António Costa assume como compromisso desenvolver a rede dos metros de Lisboa e do Porto, considerando que, para isso, é “muito importante que no quadro comunitário pós-2020 possamos pensar a extensão da rede de metro para além daquilo que já está definido”.

O secretário-geral do PS, numa acção de campanha autárquica em que andou de metro entre Odivelas e o Rato, em Lisboa, garantiu que vai fazer tudo “o que está previsto no actual quadro”, mas que irá “seguramente fazer mais a partir do pós-2020”.

Na viagem, Costa mais parecia um autarca ainda em funções, lembrando o que foi feito desde os tempos em que pela primeira vez se candidatou a uma câmara, Loures e o que, entretanto, foi feito nas diversas linhas do metro em Lisboa.

O líder socialista recuou a 1993 e a uma acção de campanha autárquica que protagonizou quando Odivelas ainda fazia parte de Loures, em que um burro ganhou a corrida a um Ferrari, numa viagem entre Odivelas e Lisboa, para demonstrar os problemas de mobilidade de então.

Hoje, diz Costa “já não é preciso fazer corridas entre o burro e o Ferrari para vir de Odivelas até Lisboa”, sublinhando que, tal como em 1993 assumiu o compromisso de levar o metro até ao concelho de Loures, tem agora um novo compromisso de desenvolvimento do transporte público e do metropolitano.

O líder socialista diz que pretende desenvolver a rede, a melhoria das composições e a contratação de novos condutores, de “forma a poder aumentar a sua capacidade”.

Questionado pelos jornalistas sobre a proposta da líder do CDS de criar 20 novas estações de metro até 2030, António Costa voltou a criticar Assunção Cristas referindo que “não faz sentido” e que o que é preciso fazer é densificar as ligações entre as linhas que já existem e só depois pensar na expansão da rede entre Odivelas e Loures, que é considerada uma “prioridade”, e entre Moscavide e Sacavém.

Durante a viagem de vinte minutos em plena hora de ponta, António Costa meteu conversa com alguns passageiros, ouvindo, por exemplo, críticas sobre os problemas de divulgação da cultura em Odivelas.