O arquiteto Gonçalo Byrne é o novo presidente da Ordem dos Arquitetos para o triénio 2020-2022, com 40% dos votos, contra 27% de Cláudia Costa Santos e ainda outras duas listas.
Participaram 6.952 arquitetos, ou seja, 27,31% dos eleitores registados no caderno eleitoral.
Gonçalo Byrne, nascido em Alcobaça em 1941, formou-se na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e é Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa e pela Universidade de Alghero, em Itália, segundo a informação da sua página na internet.
O arquiteto explicou à Renascença que a sua prioridade é tornar “a Ordem mais representativa”. O mundo dos arquitetos é hoje muito diversificado, diz.
“Outra questão é a intergeracionalidade. A grande maioria dos arquitetos está entre os 30 e os 45 anos, mas há uma quantidade enorme de arquitetos jovens em estado de precariedade lá fora e cá dentro. As condições de trabalho são más e têm-se vindo a degradar”, referiu.
O arquiteto Gonçalo Byrne explica que traços novos poderão chegar aos projetos, por via não só da pandemia, como da necessidade de proteger o ambiente.
“Há alterações em curso resultantes da pandemia, mas o que vai mudar são coisas que já vinham de antes da pandemia. Diria que a pandemia vai ser um acelerador dessa mudança. É preciso mudar as casas, é preciso repensar o espaço exterior, os espaços públicos, as novas mobilidades, mas também a importância que é aumentar o projeto verde”.