O Presidente da República anunciou este domingo que convocou para a próxima quarta-feira uma reunião do Conselho de Estado para analisar a atual situação do país face à pandemia de Covid-19 e, em concreto, decidir se declara estado de emergência no país.
"Tenho acompanhado a stiuação minuto a minuto, acompanhava já fora antes desta minha situação atual e continuo a acompanhá-la aqui, e é ao analisar essa situação e para analisá-la que decidi convocar o Conselho de Estado para a próxima quarta-feira, para que se debruce também sobre a atual situação", adiantou Marcelo Rebelo de Sousa numa comunicação ao país previamente gravada em vídeo.
Na reunião de quarta-feira, o Conselho de Estado -- um órgão de consulta do Presidente da República -- deverá analisar se é necessário declarar estado de emergência no país face à evolução do novo coronavírus.
No vídeo, gravado em casa, Marcelo disse tratar-se de uma “comunicação pessoal do Presidente da República", de "agradecimento e solidariedade para com todos os portugueses”, acrescentando que a comunicação formal ao país fá-la-á na quarta-feira depois do Conselho de Estado.
Pela positiva, numa mensagem de vídeo de 3:37 minutos, em que disse por duas vezes "vamos vencer", o chefe do Estado quis agradecer a resposta dos portugueses ao surto do novo coronavírus, “uma verdadeira quarentena voluntária dos portugueses nos últimos dias”, o seu “civismo, maturidade, compreensão, a solidariedade, o respeito pelos outros”.
E agradeceu “novamente” aos profissionais de saúde que “trabalham 24 em 24 horas”, que se “ultrapassam a si mesmos”.
Este domingo, o número de casos confirmados de infeção em Portugal subiu para 245.
Esta tarde, António Costa anunciou que amanhã serão ultimados com Espanha os termos das restrições que vão passar a ser aplicadas na fronteira entre os dois países, e disse que o Governo apoiará a decisão do Presidente de impôr estado de emergência no país se tal vier a acontecer.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6 mil mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda agora as 160 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 139 países e territórios. Do total de infetados, mais de 75 mil já recuperaram.