Costa garante transição energética “justa e inclusiva”
30-11-2021 - 19:15
 • Teresa Paula Costa com Lusa

António Costa presidiu, em Abrantes, à antecipação dos fundos da Transição Justa. Ninguém deve ser deixado “para trás”, afirmou, referindo-se aos trabalhadores da central do Pego.

O Primeiro Ministro afirmou esta terça-feira em Abrantes que “ninguém deve ficar para trás” no processo de transição energética do carvão para as fontes renováveis.

A unidade a carvão da Central Termoelétrica do Pego foi encerrada e os seus trabalhadores são agora convidados a participarem num processo de requalificação para se tornarem aptos a trabalhar com energias renováveis.

António Costa lembrou que entrou já em funcionamento um gabinete do Instituto do Emprego e Formação Profissional para desenvolver programas de formação, reconversão e apoio ao emprego dos trabalhadores afetados, que, disse, “têm naturalmente o direito e o Estado tem o dever de assegurar que não ficam para trás com a descontinuidade da produção de eletricidade a partir do carvão”.

Costa realçou também o lançamento, neste dia, do concurso para o financiamento “da diversificação das atividades económicas nesta região”, com o objetivo de atrair “novas empresas que gerem novos produtos ou novos serviços, que aumentem a riqueza do território e criem novas oportunidades de emprego”.

Por outro lado, lembrou que, com o encerramento da unidade a carvão da Tejo Energia, há um ponto de injeção de energia que “ficou livre”, estando aberto um novo concurso para que se possam instalar novas centrais de produção, a partir de fontes renováveis.

Apoios para empresas que invistam no Médio Tejo

Na mesma cerimónia, a Ministra da Coesão Territorial revelou que o Governo lançou esta terça-feira um aviso para apoiar empresas que queiram fazer novos investimentos no Médio Tejo, empregando trabalhadores da região, especialmente os afetados pelo encerramento da unidade a carvão da Central Termoelétrica do Pego.

Segundo Ana Abrunhosa, o aviso destina-se a investimentos focados no “futuro da indústria e da economia”, nomeadamente na mobilidade sustentável, nas energias renováveis, na economia circular, na biotecnologia ou noutras tecnologias limpas.

“Estas são áreas que temos que abraçar porque elas criam emprego qualificado, elas garantem a sustentabilidade do desenvolvimento dos nossos territórios”, afirmou a Ministra, que acrescentou que as intenções de investimento apresentadas nesta fase serão avaliadas em janeiro, depois de submetidos os planos territoriais para a Transição Justa, sendo aberto então um segundo aviso para apoios ao investimento selecionado.