A moção com a qual André Ventura se candidata a um novo mandato na liderança do Chega intitula-se “Um governo sem corrupção para Portugal”, tem seis páginas e nelas traça-se um desígnio para o partido: ser governo após as próximas eleições legislativas.
O líder do Chega, que se recandidata a novo mandato, na convenção que decorre em Santarém, diz que o país tem de acabar com a corrupção.
“Seja em coligação, seja, como esperamos, a liderar o Governo de Portugal, um país sem corrupção é o grande desígnio que vos proponho alcançar neste novo mandato enquanto Presidente do Chega, já a pensar no Governo de Portugal”, escreve Ventura.
O presidente do Chega diz ter sido "um milagre" um partido com apenas quatro anos conseguir eleger 12 deputados, tornando-se o terceiro maior partido português.
“Enfim, quase 50 anos depois da revolução que pôs fim ao Estado Novo, o país cansou-se do sistema tradicional e aspira a uma forma mais limpa e menos corrupta de fazer política”, conclui André Ventura.
Na moção, na qual não consta uma única proposta concreta para o país, Ventura estende como provável que o governo socialista não consiga cumprir a legislatura até ao fim, diz que o país está parado e, por isso, sustenta que o Chega, tendo em conta as últimas sondagens, tem de estar preparado para ser governo.
“Acabar com a corrução instalada e generalizada é, por isso, o grande desígnio deste partido que quer ser governo já nas próximas eleições legislativas, sejam elas quando forem”, conclui André Ventura na moção que apresenta esta tarde aos congressistas.
Mas há outras metas a alcançar neste ciclo eleitoral. André Ventura aposta nas eleições regionais da Madeira e dos Açores e nas Europeias o Chega espera alcançar o “melhor resultado da sua história política”.
Ventura promete ainda não ceder um milímetro na oposição ao governo socialista e “na denúncia da corrupção” e no parlamento garante que vai continuar a mostrar aos portugueses que “estamos a ser conduzidos para o abismo por um mau governo”.