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O Papa Francisco "segue com atenção" a situação na Venezuela e escreveu ao chefe de Estado Nicolás Maduro, disse, no domingo, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
O padre Lombardi escusou-se a divulgar o conteúdo da carta de Francisco para Maduro, mas afirmou que o Papa escreveu sobre "a situação do país".
A Venezuela enfrenta grandes dificuldades económicas: as suas receitas reduziram-se em 70%, tem a inflação mais alta do mundo e uma grave escassez de produtos básicos (comida e medicamentos), tendo também sido decretado um racionamento eléctrico.
A Venezuela é já há algum tempo uma das preocupações do Vaticano e do Papa, que se referiu ao país, em várias ocasiões, no passado.
Lombardi lembrou uma das últimas intervenções de Jorge Bergoglio, no Domingo de Páscoa, antes da bênção "Urbi et Orbi", apelou ao diálogo na Venezuela perante "as difíceis condições em que vive a população".
Francisco pediu a quem "tem nas mãos o destino do país" para "trabalhar a favor do bem comum, procurando espaços de diálogo e de colaboração entre todos".
O Papa defendeu a "cultura do encontro, a justiça e o respeito recíproco" para "garantir o bem-estar espiritual e material" dos venezuelanos.
O Vaticano, que desempenhou um papel fundamental no restabelecimento das relações entre os governos dos Estados Unidos e Cuba, também quer contribuir para a paz na Venezuela, tal como afirmou em Abril passado o núncio no país, monsenhor Aldo Giordano.
"Estou aqui para comunicar ao país o afecto, a proximidade do Papa Francisco. O Papa é um protagonista da paz no mundo e estamos aqui para colaborar para a paz no nosso querido país a nunciatura está aqui para contribuir para o bem do povo da Venezuela", disse, na altura, Giordano, de acordo com um comunicado.