Os apoios por causa da seca vão chegar aos agricultores não em dezembro, mas em janeiro.
Em entrevista ao Jornal Económico, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, justifica dizendo que está em curso um novo ciclo de exigências comunitárias que levaram a alguns constrangimentos no ministério.
Segundo a governante, do pacote financeiro de mil milhões de euros de 2023, cerca de 70 milhões de euros vão ser pagos, em adiantamento, esta sexta-feira; no final de novembro vão ser pagos cerca de 400 milhões de euros, e em janeiro de 2014 será pago todo o pacote.
“Há um atraso, este ano, de um mês que ocorre, se um novo ciclo que está a ser implementado num conjunto de constrangimentos que nós próprios, Ministério da Agricultura, tivemos, e que os próprios agricultores sentiram, nomeadamente porque há uma nova ambição, há novas exigências comunitárias e que é preciso dar resposta. E isso atrasou também o período de candidaturas”, justifica.
Lembrando que muitos agricultores têm créditos de campanha, Maria do Céu Antunes revela que escreveu às instituições bancárias para terem atenção entre a exigência de pagamento e a data de ajuda do Estado, este ano, mais tarde.
“Vai haver aqui um hiato de tempo, porque, em vez dos agricultores que fazem estes créditos poderem fazer o seu pagamento até final de dezembro, com base nos apoios que recebem, por norma, em dezembro, e como este ano vão receber em janeiro, eu escrevi às instituições bancárias para terem atenção a este hiato de tempo e, com isso, podermos ter aqui condições que sejam mais benéficas para isso mesmo”, adiantou.