O secretário-geral da ONU apelou para o diálogo na Venezuela, para impedir uma escalada que termine num “desastre”, à margem do fórum económico mundial de Davos.
“Esperamos que o diálogo seja possível para evitar uma escalada que conduza a um conflito que será um desastre para a população do país e para a região”, afirmou António Guterres.
Adiantou que “todos os governos soberanos têm a possibilidade de escolher o que querem”, quando se trata de reconhecer qual dos dois é o presidente legítimo.
O opositor Juan Guaidó declarou-se na quarta-feira “presidente”, desafiando Nicolas Maduro e criando um clima de muito alta tensão no país, escreve a agência France Presse.
Juan Guaidó autoproclamou-se, na quarta-feira, presidente interino da Venezuela, perante milhares de pessoas concentradas em Caracas.
Engenheiro mecânico, de 35 anos, Juan Guaidó tornou-se rapidamente o rosto da oposição venezuelana ao assumir, a 03 de janeiro, a presidência da Assembleia Nacional, única instituição à margem do regime vigente no país.
Maduro iniciou a 10 de janeiro o segundo mandato de seis anos como Presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela maior parte da comunidade internacional.
A Venezuela enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.