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Portugal apresentou esta segunda-feira, pela primeira vez em mais de quatro meses, um nível de mortalidade de acordo com o esperado.
Dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO) revelam que, nas últimas 24 horas, morreram no país 308 pessoas, das quais 61 devido a infeção pelo novo coronavírus. Este valor situa-se abaixo da linha de base de mortalidade expectável para a presente altura do ano - 317 mortes esperadas.
No mesmo dia, o país registou o valor mais baixo de número de óbitos provocados pela Covid-19, desde finais de dezembro, altura em que se iniciou a terceira vaga.
Portugal tem vindo a apresentar um decréscimo de mortes Covid, desde o início de fevereiro, o que pode ajudar a explicar a retoma aos valores expectáveis de mortalidade.
De acordo com Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em termos percentuais, do total de óbitos em excesso, entre dezembro e fevereiro, “estima-se que cerca de 64% sejam atribuíveis à epidemia de Covid-19”.
No início do mês, Portugal, a par com Holanda e Espanha, era um dos países europeus que apresentava “substancial excesso de mortalidade” relacionado com a pandemia.
Apesar das melhorias face à anterior avaliação de risco, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC na sigla inglesa), alerta no mais recente relatório que a “pressão sobre os sistemas de saúde permanece elevada”, aconselhando à manutenção das restrições na Europa.
Desde março de 2020, morreram em Portugal 16.023 pessoas devido à doença provocada pelo SARS-CoV-2.