O presidente da Câmara do Porto avançou que os comerciantes e moradores afetados pelo mau tempo têm de fazer o "levantamento exaustivo" dos prejuízos para avançar com candidaturas ao apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
"É importante, neste momento, que [os comerciantes] façam o levantamento exaustivo [dos prejuízos]", afirmou Rui Moreira.
À margem de uma cerimónia de louvor aos 180 trabalhadores municipais que estiveram envolvidos na resolução da enxurrada e nos trabalhos de limpeza, o autarca independente avançou que os serviços municipais estão também, neste momento, a preparar as candidaturas e, junto dos comerciantes, a perceber "se têm seguro, quais são as avarias e se perderam mercadoria".
"A partir daí, vamos apresentar a candidatura desses comerciantes para serem ressarcidos", adiantou o autarca, referindo-se à linha de financiamento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) para cobrir os prejuízos causados pelo mau tempo.
Rui Moreira adiantou que, à semelhança dos comerciantes da baixa da cidade, os moradores da zona das Fontainhas afetados pela intempérie devem "fazer um relatório com os danos que tiveram".
Na segunda-feira, fonte do gabinete de comunicação da autarquia adiantou que a contabilização dos danos causados pelas enxurradas estava a decorrer, não sendo ainda possível estimar a data da sua conclusão.
O concelho do Porto registou, no sábado, em menos de duas horas, 150 pedidos de ajuda por causa das inundações em habitações e vias públicas, principalmente na baixa da cidade, disse à Lusa fonte da Proteção Civil local.
As enxurradas causaram também danos em algumas habitações na zona das Fontainhas.
Na sequência das enxurradas, a Metro do Porto pediu um estudo sobre as condições da empreitada da Linha Rosa, que decorre na baixa da cidade, ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).