“Jesus, num certo momento, foi muito popular e, depois, acabou como acabou. Ou seja, ninguém tem garantida a felicidade mundana.” É desta forma que o Papa Francisco comenta, na entrevista que deu à Renascença, a sua popularidade.
“Muitas vezes me pergunto como será a minha cruz, como é a minha cruz... As cruzes existem. Não se vêem, mas estão lá. E também Jesus, num certo momento, foi muito popular e, depois, acabou como acabou. Ou seja, ninguém tem garantida a felicidade mundana. A única coisa que peço é que me conserve a paz do coração e que me conserve na sua Graça porque, até ao último momento, somos pecadores e podemos renegar a sua Graça”,
Nesta conversa, o Papa conta vários aspectos da sua vida enquanto Santo Padre.
Diz que dorme “como uma pedra” e que se confessa de duas em duas semanas (“Todos os 15 dias, 20 dias”).
“Confesso-me a um padre franciscano, o padre Blanco, que tem a bondade de vir cá confessar-me. E nunca tive de chamar uma ambulância para o levar de regresso, assustado com os meus pecados”, brinca.
O Papa conta, entre risos, ainda que “quando era mais novo” imaginava a vida eterna como “muito aborrecida”. “Agora, penso que é um Mistério de encontro. É quase inimaginável, mas deve ser algo muito bonito e maravilhoso encontrar-se com o Senhor.”