CDS critica "espetáculo mediático" em torno da vacinação contra a Covid-19
27-12-2020 - 19:30
 • Lusa

Francisco Rodrigues dos Santos reconhece que início da vacinação "é um marco de felicidade e de esperança", embora não sendo "o fim do vírus".

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O presidente do CDS-PP condenou este domingo aquilo que considerou o "espetáculo mediático" do começo do plano de vacinação contra a Covid-19, nomeadamente pela ministra da Saúde, além da SMS da Proteção Civil aos portugueses.

"O espetáculo mediático da ministra [Marta Temido] com a chegada da vacina, a juntar ao envio do aviso por telemóvel a todos os portugueses, quando a maioria da população será vacinada apenas daqui a meses e quando ainda há tanto a fazer e que já devia ter sido feito, é irresponsável e induz uma sensação triunfal que é falsa", afirmou o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, numa nota enviada à comunicação social.

Contudo, o líder dos democratas-cristãos reconheceu que "é um marco de felicidade e de esperança", embora não sendo "o fim do vírus" que tem provocado a pandemia de covid-19.

"Nem sequer é o princípio do fim. É, talvez, o fim do princípio que nos levará à vitória final. Até lá, separam-nos longos meses de resistência, em que se espera que a nossa administração pública esteja à altura da execução da complexa e gigante operação de vacinação", concluiu.


O plano nacional de vacinação contra a covid-19 arrancou hoje no Hospital de São João, no Porto, com o médico infecciologista António Sarmento a receber pelas mãos da enfermeira Isabel Ribeiro a primeira dose.

Sábado chegou a Portugal um primeiro lote com 9.750 vacinas, desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech, destinado aos profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, São João, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central.

O primeiro lote de vacinas será reforçado com a antecipação da entrega de mais 70.200 doses, que têm chegada prevista para segunda-feira, elevando o total disponível para administração até ao final do ano para 79.950 vacinas, segundo o Ministério da Saúde.

Em Portugal, morreram 6.556 pessoas dos 392.996 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.