Hugo Lima chega esta terça-feira a Marrocos. Na bagagem, levou 80 quilos de ajuda que diz ser a “mais urgente” para fazer chegar à população vítima do sismo que atingiu o país na semana passada.
“Levo 10 tendas, 28 sacos-camas e colchões e 30 lanternas. Não tenho tempo para receber donativos em bens, mas vai assim tudo contado ao centímetro”, contou à Renascença o fotógrafo natural da Trofa, momentos antes da partida para Marraquexe.
Tudo o resto, será comprado no comércio local. Uma forma de “ajudar financeira a população”, explicou Hugo Lima, que mantém ligações profissionais naquele país.
“Tenho uma encomenda gigante de cobertores, lá, no mercado local, porque assim estarei a ajudar a população de Marraquexe porque, apesar de não ter sofrido em tragédia, está a sofrer muito com a queda do turismo o que é desnecessário."
“Muitas pessoas acham que Marraquexe está em escombros, o que não corresponde à realidade. Quem aterrar hoje na cidade marroquina nem vai aperceber que o sismo aconteceu”, garante.
O destino de Hugo Lima serão as montanhas onde na região do Alto Atlas ainda se encontram aldeias isoladas uma semana após o terramoto.
“Tenho um ficheiro com o nome de seis mil aldeias. O objetivo aqui é tentar levar ajuda urgente”, resumiu.
“Há muita ajuda internacional que está a chegar, mas há ainda toda a distribuição. Se conseguir ajudar uma única aldeia de cem pessoas onde a ajuda ainda não chegou já fico contente”, rematou.
Mais de 150 pessoas contribuíram financeiramente para a iniciativa de solidariedade organizada em pouco mais de 48 horas por Hugo Lima que nos próximos dias, vai tentar fazer chegar ajuda às vítimas do sismo em Marrocos.
O terramoto de magnitude 6,9 na escala de Ritcher abalou na noite de sexta-feira, dia 9 de setembro, o país. Fez quase três mil mortos e mais de cinco mil feridos.