Pedro Nuno Santos diz que não tem nada a dizer sobre a compra de ações dos CTT por parte da Parpública para permitir a viabilização do Orçamento do Estado para 2021.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o antigo ministro das Infraestruturas e atual secretário-geral do PS garante que não deu qualquer indicação às Finanças para comprar participações e diz que as perguntas devem ser feitas ao Governo.
"Era eu que tutelava a pasta, mas não sou eu que dou orientações ao ministro das Finanças e à Parpública. Não há orientação do Ministério das Infraestruturas nem do ministro das Infraestruturas, é só isso que posso dizer. Tem de ser o Governo a dar esclarecimentos, não eu", assevera.
O Jornal Económico noticiou na terça-feira que o anterior Governo, sem o divulgar, instruiu a Parpública a comprar ações dos CTT através de um despacho do então ministro das Finanças, João Leão.
De acordo com o Jornal Económico, a empresa estatal Parpública adquiriu ações dos CTT e essa "compra teve lugar após exigências do Bloco de Esquerda para aprovar o Orçamento do Estado para 2021".
O Bloco de Esquerda, através da sua coordenadora, Mariana Mortágua, e do líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, já veio negar ter tido conhecimento dessa compra de ações ou ter feito qualquer negociação com o Governo da altura nesse sentido.