Três homens foram detidos na sequência de um violento motim após a queima do Alcorão, na Suécia.
Os tumultos surgiram depois de um ativista iraquiano anti islão, Salwan Momika, ter queimado um exemplar do Alcorão em Varnhemstorget, uma praça em Malmo.
Em reação ao incêndio, uma centena de pessoas reuniu-se no local e vários veículos foram incendiados.
Os agentes da polícia relataram ainda que foram apedrejados, enquanto alguns manifestantes atiraram trotinetas elétricas contra os veículos da polícia.
Vários carros da polícia foram incendiados no bairro de Rosengard, em Malmo, que já foi palco de outros protestos violentos no passado.
"Compreendo que uma reunião pública como esta desperte emoções fortes, mas não podemos tolerar distúrbios e violência como os que vimos no domingo à tarde", disse a comandante da polícia de Malmo, Petra Stenkula.
"É extremamente lamentável ver mais uma vez violência e vandalismo em Rosengard".
Segundo a comunicação social local, os transeuntes atiraram pedras a Momika e um vídeo referido pela AFP indica que um homem tentou parar o carro da polícia em que o organizador era transportado para fora do local.
Em junho, Momika incendiou um exemplar do livro no exterior da mesquita central de Estocolmo, quando os muçulmanos celebravam o primeiro dia do Eid al-Adha - uma das festas mais importantes do calendário muçulmano.
A polícia sueca tinha autorizado Momika a participar no protesto, em conformidade com a sua rigorosa legislação sobre liberdade de expressão. Mais tarde, soube-se que o incidente estava a ser investigado por incitamento ao ódio.
No final de julho, Salwan Momika e outro homem, Salwan Naja, pisaram um exemplar do Alcorão em Estocolmo antes de o incendiarem, à semelhança do que já tinham feito em concentrações anteriores, provocando tensões diplomáticas entre Suécia e países do Médio Oriente.
O Governo sueco condenou a profanação do Alcorão, destacando que a Constituição sueca protege o direito de reunião e a liberdade de expressão.
No início de agosto, a Suécia anunciou que iria reforçar os controlos fronteiriços devido ao aumento de ameaças à segurança do país após estas manifestações.
Segundo as autoridades suecas, o país deixou de ser um alvo legítimo do terrorismo internacional para se tornar um alvo prioritário.