A região de Lisboa está com medidas especiais face ao resto do país. Fernando Medina diz que “antes de procurar a culpa, é preciso entender a situação”. Mas essa é a parte mais difícil neste momento.
“Há três semanas, o que se sabia é que eram focos muito localizados em atividades e pontos de obra. Quase três quartos das infeções tinham como base o posto de trabalho ou a coabitação”, afirma o presidente da Câmara de Lisboa.
“Hoje a realidade é diferente. As novas infeções não estão associadas” a um local ou atividade e os casos “não têm diminuído”, acrescenta.
Fernando Medina, que esteve na reunião com especialistas na sede do Infarmed, diz que, agora, “uma das dificuldades é não haver uma leitura muito clara do que está na base deste processo, o que dificulta a estratégia de resposta”.
Está, por isso, a fazer “um trabalho muito preciso à volta da cidade de Lisboa”, que “vai de Santarém a Setúbal”.
Na opinião de João Taborda da Gama, “era inevitável” o aumento de casos com o desconfinamento. Em Lisboa, mais concretamente, poderá dever-se ao facto de ter muita atividade económica, maior concentração de pessoas e nunca ter parado, diz.
Taborda da Gama vê com bons olhos a existência de “medidas diferenciadas”, mas considera “mais complexo” o controlo das mesmas, tendo em conta que as pessoas se movem entre freguesias.
Acontecimento da semana
João Taborda da Gama elege a ciclovia na Avenida Almirante Reis, em Lisboa.
Fernando Medina opta pelo centenário de Amália Rodrigues e o programa que nesta sexta-feira vai ser divulgado e que vai contar, ao longo de um ano, com vários eventos.
Personalidade da semana
O presidente da Câmara de Lisboa mantém a tónica e elege Amália Rodrigues, enquanto Taborda da Gama destaca, pela negativa, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo falhanço do comício em Tulsa – aquilo que, na opinião deste comentador, poderá ter sido o início da sua derrota.