Não há, para já, previsão de prolongamento das moratórias privadas, as contratadas pelos bancos e que envolvem empréstimos vários, desde à habitação a créditos pessoais.
O contrato diz que este apoio termina no final do mês, mas Henrique Monteiro acredita que as 130 mil moratórias privadas possam passar a públicas e ver o prazo prolongado até setembro.
Não saberemos, contudo, se nessa altura teremos uma situação semelhante à que tínhamos antes da pandemia. “Antes de 2023 ou 2024, isso não vai acontecer”, prevê o comentador das segundas e sextas-feiras d’As Três da Manhã.
Henrique Monteiro sublinha ainda que, em Portugal, as moratórias são três vezes superiores à média europeia: uma diferença de 6% para mais de 17%.
“É quase um em cada cinco devedores” a pedir a moratória, concretiza. Por isso, diz, alguma coisa vai ter de ser feita, “sob pena de as pessoas se verem obrigadas a devolver as casas aos bancos, o que vai criar uma crise enorme, não só na vida das pessoas, como nos próprios bancos”.
“Os bancos querem tudo menos as casas”, garante.