A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre denuncia os ataques à liberdade religiosa na Colômbia e dá conta da interrupção de uma missa na Catedral de Bogotá, por vários encapuzados que alegadamente estariam a realizar uma “intervenção artística”.
O ato foi condenado também pelo arcebispo de Bogotá e presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, D. Luis José Rueda Aparicio, para quem a atuação dos encapuzados que entraram no templo no domingo, 20 de março, gritando insultos contra o Estado e a Igreja, foi um ato “deplorável e inaceitável”.
Segundo o secretariado local da Fundação AIS, o que aconteceu na Catedral de Bogotá configura um atentado contra a liberdade religiosa e de culto, consagrada na Constituição do país e no artigo décimo-oitavo da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Em comunicado, divulgado nas redes sociais, a Fundação AIS da Colômbia subscreve o apelo da Conferência Episcopal e da Arquidiocese de Bogotá, “exigindo o respeito ao direito de se professar a religião e de se realizar atos de culto em paz e em harmonia”, lembrando que se deve tratar “com a devida consideração os recintos sagrados e as celebrações que aí se realizam”.
O texto da Fundação AIS, que é assinado pelo presidente e pela diretora executiva do secretariado local, lembra que este tipo de atos, muitas vezes justificados com a liberdade artística e de expressão, podem estar na génese de incidentes mais graves e de um sentimento de intolerância que não é aceitável em sociedade.
A fundação pontifícia entende que atos, como o que aconteceu, “quando não são condenados energicamente vão marcando um caminho que, mais cedo ou mais tarde, se transforma em manifestações muito mais graves que iniciam uma intolerância e avançam tristemente para a discriminação e perseguição”.