Governo fará uso de "todos os instrumentos nacionais e europeus" para apoiar afetados pelas cheias
14-12-2022 - 10:35
 • Tomás Anjinho Chagas , Carla Caixinha

Para esta quarta-feira está previsto um agravamento do estado do tempo até às 18h00 com chuva forte persistente.

"O Governo está empenhado em responder". A garantia foi deixada pela ministra Maria Vieira da Silva, quando da visita a Loures.

Nas declarações aos jornalistas, a ministra da Presidência revelou que o Governo está a preparar "estruturas e instrumentos de apoio" para os municípios afetados pelas inundações.

Garante que o Executivo "recorrerá a todos os instrumentos" para dar apoios e espera que estes sejam feitos "com rapidez". Além disso, refere que vão "recorrer a todos os instrumentos nacionais e europeus que existem para estes momentos".

Vieira da Silva adianta que o estado de calamidade não é uma condição para nenhum dos apoios. "Os apoios podem existir mesmo sem estado de calamidade", diz.

“O Fundo de emergência municipal cobrirá esse valor”, garante a ministra, reforçando que este é “um esforço partilhado entre autarquias e o Governo”.

"O Conselho de Ministros tomará todas as decisões necessárias para que os apoios cheguem", acrescenta a governante, sublinhando que os apoios serão dados em função dos danos.

"Agora é o tempo de ajudar quem precisa de uma casa, de bens e identificar, com rigor, os danos e garantir os apoios", conclui.

O presidente da Camara de Loures estima mais de 20 milhões de euros de prejuízos provocados pelo mau tempo no concelho.

Em declarações à Renascença, Ricardo Leão diz que este valor foi apurado no levantamento feito pela Câmara de Loures, aos estragos provocados pelo mau tempo, mas refere-se apenas a infraestruturas públicas. “Vamos agora, obviamente, no terreno, fazer esta quantificação melhor, mas na esfera pública anda à volta dos 20 milhões, para cima, naquilo que é o domínio público”, adianta.

Em Loures, “82 famílias foram afetadas diretamente com esta intempérie", com danos na estrutura da habitação ou no seu recheio. Muitas "ficaram sem nada em casa”, conta o autarca aos jornalistas. A maioria recorreu à ajuda de amigos ou familiares, mas 12 foram acolhidas temporariamente aqui no centro de alojamento do concelho.