​Mãe de Rubiales em greve de fome até que termine "perseguição desumana e sangrenta"
28-08-2023 - 10:22
 • Renascença

Ángeles Béjar não sairá de uma igreja na Andaluzia até resolução no caso do filho, suspenso pela FIFA após beijo a Jenni Hermoso.

A mãe de Luis Rubiales, presidente suspenso da Real Federação Espanhola de Futebol, está em greve de fome até que seja termine a "perseguição desumana e sangrenta" que considera que está a ser feita ao seu filho.

Ángeles Béjar está desde esta manhã fechada no interior da Igreja Divina de Motril, na região de Andaluzia. Promete não comer até que termine o que considera uma injustiça que está a ser feita ao seu filho, suspenso pela FIFA após o beijo a Jenni Hermoso.

Segundo a própria explicou à agência de notícias EFE, Ángeles Béjar ficará na igreja "indefinidamente, dia e noite" e pediu a Jenni Hermoso que "diga a verdade e que mantenha a versão que tinha inicialmente".

"Não há abuso sexual quando há consentimento de ambas as partes, como mostram as imagens”. A mãe do dirigente questiona “porque é que estão a ser tão cruéis com ele” e o que “está por detrás de toda esta história”, já que considera que Rubiales "é incapaz de prejudicar alguém."

Luis Rubiales anunciou, na sexta-feira de manhã, que não se iria demitir. Considerou que o beijo a Jenni Hermoso foi consensual e apontou dedos a um "falso feminismo".

Depois da conferência de imprensa do dirigente, mais de 80 jogadoras, incluindo todas as campeãs mundiais, renunciaram à seleção até à saída de Rubiales. Toda a equipa técnica da seleção feminina, à exceção do treinador principal Vilda, apresentaram a sua demissão.

A FIFA, que já tinha anunciado a abertura de um processo disciplinar, suspendeu Rubiales provisoriamente por um período inicial de 90 dias.

Em causa está o beijo de Rubiales à futebolista Jenni Hermoso, sem consentimento da mesma, pouco depois de a seleção feminina espanhola ter conquistado o Mundial que decorreu na Austrália e na Nova Zelândia.

Desde o incidente, Rubiales foi alvo de inúmeras críticas dos mais diversos quadrantes, desde o chefe do governo de Espanha, Pedro Sánchez, até várias figuras públicas e políticas, passando pela própria Jenni Hermoso, que, numa primeira fase, desvalorizou a situação, mas na quarta-feira recorreu ao sindicato das futebolistas espanholas (FUTPRO) para pedir sanções para Rubiales.

Depois das declarações desta manhã, várias campeãs do mundo voltaram a sair em defesa da jogadora. Borja Iglesias, jogador do Bétis, renunciou à seleção até algo ser feito.