A expectativa do regresso presencial da Web Summit era grande. A maior feira de tecnologia está de volta a Lisboa e, com o ano de intervalo da edição exclusivamente online, a cerimónia de abertura foi diferente.
Quem estava a seguir através da internet notou logo a diferença. O Palco Central abriu às 17h00, mas a transmissão online só começaria mais tarde. O que estava então a acontecer no Altice Arena? Uma hora e meia de apresentação de empresas empreendedoras. A apresentadora de televisão Filomena Cautela ajudou a manter o ritmo até às 18h30, hora a que então Paddy Cosgrave subiu ao palco.
O fundador da Web Summit começou por manifestar a sua satisfação por estar de volta ao regime presencial e deu os parabéns a Portugal por ser o país mais vacinado do mundo.
Sem grandes demoras, ao estilo Web Summit, Cosgrave passou a palavra a Carlos Moedas que se apresentou como o autarca da inovação e renovou a promessa de querer fundar uma fábrica de unicórnios (empresas empreendoras com valor acima de um milhão de euros), em Lisboa.
De seguida, tomou a palavra o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, revelando que a economia portuguesa "está a recuperar mais rápido que a média europeia". Siza Vieira apelou ainda para que os estrangeiros voltem e falem com os amigos e os sócios sobre Portugal, um pais "aberto aos negócios, tolerante e multicultural".
Surgiram depois os primeiros oradores internacionais. A primeira conversa foi com Ayo Tomit, co-fundadora do movimento anti-racista “Black Lives Matter”, Ayo Tomit, que explicou as suas origens e a razão porque iniciou o movimento. Queria que a plataforma que criou pudesse ligar a comunidade afro-americana e que lhe pudesse “ampliar a voz”.
A estrela da noite foi Frances Haugen, denunciante do Facebook (e foi ela a quem coube a tarefa de, ao lado de Paddy Cosgrave, carregar no botão que solta os confettis e marca a abertura da Web Summit).
Apesar de considerar que Mark Zuckerberg não é má, Haugen deixou claro que a rede social estaria melhor entregue a alguém que fosse mais preocupado com a segurança. Frances Haugen considerou ainda que “o Google e o Twitter são mais transparentes” que o Facebook porque as suas estruturas assim o permitem.