“Estamos no centro do país, num distrito onde a maior parte das pessoas não está à espera do estado para resolver as suas vidas. Para encontrar soluções para as suas vidas. E tentam ultrapassar os muitos obstáculos que este estado centralista cria a toda a hora”. Raquel Abecasis, cabeça de lista do CDS-PP pelo distrito de Leiria, abriu desta forma o encontro “Liberdade de Escolha para Todas as Gerações”, realizado numa das praças da cidade.
A ideia era que se colocassem perguntas a Assunção Cristas, a líder do partido, sobre temas à escolha. E lá as fizeram, alguns dos militantes sentados numa zona especifica da plateia, ao ar livre, alguns deles de papel na mão, com pergunta escrita.
Desde a distribuição de manuais escolares gratuitos – onde Assunção Cristas considera existir uma gravíssima inconstitucionalidade, por não abranger todos os alunos – a questões ligadas ao estatuto do cuidador informal ou à desburocratização no aceso aos fundos europeus, Cristas respondeu a todas as perguntas.
Até a uma questão relativa ao caso de Tancos, para dizer que “é uma telenovela. Uma série da Netflix que já vai na terceira série. Nós neste momento o que assistimos é ao tempo a dar razão ao CDS”, lembrou a líder do partido, que recordou que “se não fosse o CDS, não tinha havido uma comissão parlamentar de inquérito” ao caso.
A líder centrista refere que “não foi uma surpresa saber da responsabilidade política do Governo”, ainda para mais quando a acusação “sugere que houve conhecimento anterior à consumação da devolução das armas”.
O que é mais grave ainda, sublinha Assunção Cristas, “porque a configurar-se isso como verdadeiro, houve um ministro que foi ao Parlamento prestar declarações falsas.”
Acrescenta que compreende que “a esquerda esteja muito incomodada e que os partidos que apoiaram este relatório que branqueou a ação do Governo não queira mexer no assunto”, mas garante que não desiste de querer “saber tudo o que se passou e apurar responsabilidades políticas. E, portanto, explicações têm de ser dadas”.