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Portugal registou este mês, apesar de a grande maioria da população estar vacinada contra a Covid-19, mais de 69 mil casos de infeção, mais 898% do que os 6.940 casos detetados em agosto de 2020.
Os relatórios diários da pandemia da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicam que, em agosto de 2020, e ainda antes de se iniciar a vacinação contra a covid-19, que só arrancou no final do ano, foram registados em todo o país 6.940 casos positivos de infeção, muito abaixo dos 69.296 verificados ao longo deste mês.
A mesma tendência verifica-se ao nível dos óbitos, com 87 mortes atribuídas à Covid-19 em agosto de 2020 e 382 em agosto deste ano, o que representa um crescimento de 339% na comparação entre os dois meses.
Ao nível dos serviços de saúde, os dados indicam também uma maior pressão em agosto de 2021, mês em que estiveram internados uma média diária de 768 doentes, valor superior à média de 346 pessoas que necessitaram de cuidados hospitalares em agosto de 2020.
O mesmo cenário registou-se nos cuidados intensivos, que trataram este mês uma média diária de 164 doentes, enquanto, em agosto de 2020, essa média ficou-se pelas 39 internadas nestas unidades.
Esta média diária de 164 doentes em cuidados intensivos representa 64% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas.
A elevada incidência de casos em Portugal está, segundo os especialistas, associada à variante Delta do coronavírus, considerada mais transmissível do que a Alpha e que é responsável por 100% das infeções em todas as regiões do país, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
A DGS anunciou esta terça-feira que os cidadãos que já foram infetados com Covid-19 e, entretanto, recuperaram, podem ser vacinados apenas três meses depois da notificação do caso.