As Nações Unidas estão preocupadas com a desigualdade que pode verificar-se entre países desenvolvidos e em desenvolvimento na utilidade da inteligência artificial.
O alerta fez-se ouvir esta quarta-feira, na Web Summit Lisboa, pela voz de Robert Opp, um dos responsáveis pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Opp explicou que estão na Web Summit porque “estão convencidos da relevância da tecnologia para o desenvolvimento dos países”, mas advertiu que o cenário global não é igual.
Este especialista explicou que os dados nos quais se baseiam as ferramentas e sistemas de inteligência artificial e de “machine learning” estão “fortemente dominados” pelas informações que dizem respeito à realidade europeia e norte-americana.
“Vemos muito poucos [dados] sobre regiões, como por exemplo a África Subsaariana ou outras zonas mais pobres”, refere.
Opp questiona, assim, a “representatividade destas plataformas”.
“Precisamos de ver como é que a inteligência artificial é aplicada de forma ética e responsável”, acrescentou Robert Opp, responsável da área digital do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, um programa que está presente em 170 países.