​Emoção no Forte de Peniche. “Luta pela liberdade e democracia nunca está acabada”
30-05-2024 - 01:15
 • Cristina Nascimento

João Oliveira, cabeça de lista da CDU ao Parlamento Europeu, visitou o Museu Nacional da Resistência e Liberdade. Ao lado, um dos presos políticos que foi libertado dois dias depois do 25 de Abril.

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Há 50 anos, José Pedro Soares estava preso no Forte de Peniche. Era um dos vários membros do Partido Comunista que estava detido no mesmo sítio de onde fugiu, em 1960, Álvaro Cunhal.

Esta quarta-feira, José Pedro Soares voltou ao local, agora Museu Nacional da Resistência e Liberdade. Ainda se emociona e emociona quem o rodeia ao recordar o dia de 27 de abril de 1974, o dia em que chegou a liberdade. Foi um dos presos submetido a maior tempo seguido de tortura, chegou a estar 21 dias sem dormir.

Ao seu lado está João Oliveira, o cabeça de lista da CDU ao Parlamento Europeu. Oliveira ainda não era sequer nascido no 25 de Abril, mas é comunista, em tempos até apontado como um dos possíveis sucessores de Jerónimo de Sousa na liderança do partido. E para os comunistas, o Forte de Peniche será sempre lugar de referência.

João Oliveira começou ali o terceiro dia de campanha para as eleições europeias de 9 de junho porque, defende, é importante “destacar a importância da luta pela liberdade e democracia que nunca está acabada”.

Tendo por guia a diretora do Museu, João Oliveira demorou-se no Forte. Ouviu, fez perguntas, foi recordando conversas com camaradas que, ao contrário dele, viveram a luta antes do 25 de Abril.

Numa altura em que muitos consideram que o PCP está a condenado a desaparecer, os rostos de renovação não deixam cair a história do partido no esquecimento.