O candidato a secretário-geral do PS José Luís Carneiro disse esta segunda-feira que é preciso ser "radicalmente moderado" para evitar contribuir para a polarização da sociedade e da política.
"Temos de ser radicalmente moderados. Significa que temos de evitar contribuir para a polarização da sociedade e da politica. A excessiva polarização conduz a enquistamentos e nós temos de evitar enquistar a sociedade", defendeu o candidato a líder do PS e ministro da Administração Interna esta tarde na Guarda.
"Não podemos estar de costas voltadas. Temos de dialogar uns com os outros porque é isso que os portugueses querem. Querem previsibilidade, estabilidade e segurança", sublinhou.
José Luís Carneiro realçou que "quem quer direitos fundamentais um Serviço Nacional de Saúde, uma escola pública e proteção social também esperam condições de previsibilidade ao serviço do país".
O candidato lembrou a sua proposta para os serviços públicos para quem sejam colocados "nos territórios onde podem ter um efeito significativo".
"Por isso decidi como ministro da Administração Interna que a Unidade de Emergência Proteção e Socorro da GNR fique na Guarda dando cumprimento a um compromisso que havia e agora colocado em prática", argumentou.
De visita à multinacional de origem tunisina Coficab, na Plataforma Logística da Guarda, José Luís Carneiro realçou que o investimento no interior é essencial "para uma política de coesão territorial social e económica capaz de criar emprego e condições de vida para as pessoas".
O candidato lembrou que moção estratégica da sua candidatura tem "uma abordagem para estes territórios, os chamados contratos territoriais de desenvolvimento".
Explicou que são contratos a estabelecer com determinadas regiões de baixa densidade que contarão com financiamento público para remover obstáculos ao seu desenvolvimento, num modelo semelhante testado por Elisa Ferreira quando era ministra do Planeamento.
Salientou ainda o conjunto de outras propostas que passam por apoiar as empresas, entre elas o financiamento para a contratação de jovens doutorados que possam contribuir para o choque tecnológico de modernização da estrutura de gestão.
"Para funcionar como um pulso à adaptação das empresas aquilo que são desafios quer tecnológicos, quer ligados à energia e à redução dos consumos energéticos", esclareceu.
O candidato à liderança do PS ouviu João Cardoso, chefe de tecnologia e operações do grupo Coficab, falar das dificuldades da empresa sobretudo para conseguir fixar mão-de-obra qualificada.
Para além de José Luís Carneiro estão na corrida às eleições do PS, Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.