A maior parte do território espanhol encontra-se nesta terça-feira debaixo da maior onda de frio das últimas duas décadas, com 12 das suas 17 comunidades autónomas em alerta para temperaturas mínimas extremas de até 16 graus abaixo de zero.
Segundo a agência de meteorologia espanhola (Aemet), quatro dessas regiões estão mesmo em alerta vermelho, Madrid, Aragão, Castela-Mancha e Castela e Leão, sendo esta última a maior das comunidades – da mesma dimensão de Portugal, com quem faz fronteira.
As temperaturas gélidas não ajudam ao regresso à normalidade, depois da passagem da tempestade de neve Filomena, que paralisou uma parte do país, nomeadamente a capital, Madrid, que durante o fim de semana mais parecia uma estação de inverno.
As autoridades pedem à população para ficar em casa e, principalmente, evitar deslocações nas estradas.
Na região de Madrid, todas as instituições de ensino estão encerradas até à próxima segunda-feira, assim como diversos serviços públicos.
O tráfego ferroviário, aéreo e rodoviário está gradualmente a recuperar do impacto da tempestade Filomena, que afetou particularmente a Espanha central, mas as autoridades avisam que o regresso à normalidade está a ser atrasado pelas temperaturas baixas.
Nesta terça-feira, às 9h00 (8h00 em Lisboa), a temperatura mais baixa foi registada em Molina de Aragón (Guadalajara, Castela-Mancha, a 50 km a leste de Madrid), com -25,2 ºC, seguida de Calamocha (Teruel, Aragão, a leste do país), com -21,3 graus.