Rui Costa, presidente do Benfica, diz que "nem quer ouvir falar de eleições", apesar de garantir que vai marcá-las até ao fim do ano. O objetivo do novo número um das águias é dar estabilidade ao clube e garantir sucesso desportivo.
"A minha missão é trazer estabilidade ao clube e preparar as épocas desportivas. O meu único foco prende-se com a estabilidade que o clube precisa para ganharmos este ano. Está toda a gente proibida de me falar de eleições. O que pedi aos adeptos e hoje continuo a pedir é que o clube volte a ser estável e competitivo", disse, em entrevista à TVI.
O dirigente diz que "jamais aceitaria ser príncipe-herdeiro". "Se for presidnete um dia, será pela vontade dos sócios", diz.
As eleições serão marcadas até ao final do ano, mas não podem ser a principal prioridade neste momento, considera Rui Costa. O atual presidente não garante que será candidato.
"Eleições serão marcadas até ao fim do ano. Mas, na minha forma de encarar este projeto, é preciso preparar o Benfica para o que tem para fazer, que é futebol, modalidades e dar a estabilidade. Tenho tempo para pensar se vou a eleições. Se estiver neste momento a pensar, serei o primeiro a não me concentrar nos objetivos. Não vou tirar o foco do objetivo neste momento", explica.
"Falar de eleições é futurologia. Aprendi muita coisa boa nestes anos na casa. Aprendi a estar envolvido nas decisões do Benfica, mas tudo o que seja pensar em eleições é atrasar o processo e o foco no que é essencial para o Benfica", prossegue.
Revisão de estatutos de John Textor
Rui Costa garante que nunca conversou com John Textor, empresário americano que pretendia comprar 25% da SAD do Benfica, e diz que não é oportuno sentar-se à mesa com o americano nesta altura, devido à natureza das acusações a Luís Filipe Vieira.
"Nunca tive nenhum contacto. Neste momento, não é oportunidade falar sobre isso. Teremos eleições, quem vencer decidirá se é uma pessoa oportuna para se reunir. Nada contra John Textor, não criou qualquer dano ao Benfica, mas só quem falar com ele saberá se é bom para o clube ou não. O nosso foco não é esse. Pela forma como surgiu este processo, não seria oportunidade, era fora de contexto do que se está a viver", explica.
A revisão de estatutos é outra garantia dada por Rui Costa: "Admito rever os estatutos, mas também não é neste período. Temos de os adaptar à nova realidade e aos desejos dos sócios, mas tudo a seu tempo".