Um mês e meio depois de constituída, realizou-se esta quarta-feira, em Lisboa, a primeira assembleia geral da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR). Foi uma oportunidade para se fazer o balanço da mobilização conseguida.
Rui Marques, o coordenador da PAR, considera que foram ultrapassadas as melhores expectativas. “Foi possível reunir o esforço de 238 instituições da sociedade civil; foi possível também levantar a disponibilidade de um conjunto de 115 instituições que manifestaram interesse, com uma capacidade de acolhimento de cerca de 650 pessoas; e foi possível também desenvolver um trabalho de sensibilização da opinião pública portuguesa para defender a causa do acolhimento de refugiados em Portugal”, disse.
O coordenador da PAR explica que tudo o que esta iniciativa da sociedade civil conseguir será encaminhado para a “base de dados” que está a ser construída pelo Governo.
Ainda sem saber quantos e em que dia irão chegar os primeiros refugiados, o coordenador da plataforma diz que o ideal é montar em Lisboa um centro de acolhimento destas pessoas.
Tal como defende o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados deve haver uma primeira triagem, antes de os refugiados serem encaminhados para o seu destino final, diz Rui Marques. Um "centro de transição onde seja possível fazer o encontro entre as disponibilidades existentes e o perfil dos refugiados que vão chegar. Parece-me indispensável."