O Ministério da Saúde da Palestina atualizou esta quarta-feira o número de vítimas do ataque ao hospital Al-Ahli para 471 vítimas mortais, além de 28 feridos graves e mais de 300 feridos ligeiros.
O ataque ao hospital, uma das instituições cristãs de Gaza, aconteceu sem qualquer aviso. Israel não admitiu a autoria do ataque, avançando que a explosão foi provocada por um "disparo falhado" de mísseis por um grupo aliado do Hamas.
Segundo o ministério, dirigido pelo Hamas, a contraofensiva israelita já fez 3.478 vítimas mortais e mais de 12 mil feridos, acrescentando que 70% das vítimas eram crianças, mulheres e idosos.
Segundo a Associated Press, se o número de vítimas e a intenção do que aconteceu forem confirmados, este passaria a ser um dos ataques mais mortíferos nas cinco guerras travadas desde 2008.
Duas horas depois do ataque, as forças de Israel anunciaram que "um ataque de rajadas de mísseis inimigos em direção a Israel passou nas imediações do hospital quando foi atingido".
"De acordo com informações de inteligência, provenientes de várias fontes que possuímos, a organização terrorista Jihad Islâmica é responsável pelo disparo falhado que atingiu o hospital", concluiu a IDF.
De acordo com a Reuters, o grupo negou a autoria do bombardeamento ao hospital al-Ahli Arab Baptist.
A Jihad Islâmica é o segundo maior grupo armado presente na Faixa de Gaza. Apesar de serem grupos independentes, a Jihad Islâmica e o Hamas agem muitas vezes de forma coordenada. Contudo, a Jihad Islâmica age frequentemente de forma independente.
Em reação, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto e cancelou o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, marcado para esta quarta-feira na Jordânia.