A mais recente sondagem do Parlamento Europeu mostra que a aliança de partidos nacionalistas lançada pelo vice-Primeiro-ministro italiano Matteo Salvini pode vir a ter 80 eurodeputados e tornar-se a terceira força política no Parlamento Europeu. Fazem parte deste grupo a Alternativa para a Alemanha (AfD), que integra agora a Europa da Liberdade e da Democracia Directa ou o Partido do Povo Dinamarquês, membro da Aliança de Conservadores e Reformistas. Confirmando-se esta projecção, o Partido Popular Europeu (PPE, de centro-direita) deverá vir a ser o maior grupo com 180 eurodeputados, seguido dos Socialistas e Democratas, com 149. Actualmente, no Parlamento ainda em funções, a terceira força política é o grupo dos Conservadores e Reformistas e a quarta a Aliança dos Liberais e Democratas, posições que esta prevê que venham a inverter-se.
Ferida no coração da cultura europeia
Obra arquitetonica única, símbolo maior do cristianismo, património da Humanidade, a Catedral de Notre Dame e as obras que acolheu fazem parte da identidade europeia nas suas diferentes dimensões: religiosa e cultural. Mas também histórica. Tendo sido espaço em jeito de testemunha de acontecimentos decisivos na Europa: desde a coroação de Napoleão até à libertação de Paris, como recordou à Renascença o padre Nuno, Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Paris.
A Catedral de Paris é um dos monumentos mais admirados da Europa que atrai cerca de 12 milhões de visitantes por ano. É um símbolo popular à volta do qual se juntam franceses e estrangeiros de todas as condições, e isso voltou acontecer esta semana. O presidente do Conselho Europeu Donald Tusk afirmou que o incêndio da Catedral faz-nos ter consciência daquilo que nos une, algo mais importante e profundo do que os tratados europeus. Também as várias religiões manifestaram pronta solidariedade, como explicou o secretário geral adjunto da Confederação dos Bispos de França, Ambroise Laurent: “Na Conferência dos Bispos de França, recebemos muito cedo, muito rapidamente, testemunhos de simpatia do grande Rabino de França, igualmente do presidente do Conselho francês do Culto Muçulmano. Isto ultrapassa o círculo importante dos católicos, é algo que reúne muito mais do que apenas os crentes. E para além dos crentes junta todos aqueles que têm uma ligação a este edifício. E o que é importante é que se perguntam… mas, afinal, por que estava e por que estou ligado a este edifício?”. Apesar de não ser possível celebrar este ano a Páscoa na Catedral de Paris, Ambroise Laurent sublinhou a importância das celebrações se realizaram em todas as Dioceses de França e pelo mundo.
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