O patriarca de Lisboa, Rui Valério, considera, numa carta dirigida ao clero da diocese, que o legado que o cardeal Américo Aguiar deixa em Lisboa “será tão duradouro quanto a intensidade do marcante projeto da JMJ 2023 que liderou”.
Américo Aguiar, que no dia 26 toma posse como bispo de Setúbal, deixando as funções de bispo auxiliar de Lisboa, será alvo de uma saudação na quarta-feira, dia 25, durante a celebração da Dedicação da Sé Patriarcal.
Na carta, o patriarca informou que a celebração “será também de ação de graças ao Senhor pela presença, pelo trabalho e pela dedicação” do cardeal Américo Aguiar ao Patriarcado e à Igreja, enquanto bispo auxiliar de Lisboa.
Américo Aguiar, que foi elevado a cardeal no dia 30 de setembro, em Roma, foi nomeado bispo de Setúbal pelo Papa Francisco em 21 de setembro.
A tomada de posse como bispo titular de Setúbal decorre no dia 26 de outubro – data em que se comemoram 48 anos sobre a ordenação episcopal do primeiro bispo de Setúbal, Manuel Martins -, às 18:00, na Sé local, enquanto a entrada solene na diocese terá lugar na tarde de domingo, dia 29.
Aquando da sua nomeação, manifestou-se “contente, feliz e animado” pela sua nomeação para liderar a diocese cujo primeiro titular foi o seu conterrâneo Manuel da Silva Martins, que ali esteve entre 1975 e 1998.
“Estou contente, estou feliz, estou animado. Nem todos os portugueses têm de ir para fora do país para concretizar a sua vocação, não é? Portanto, estou muito feliz por poder corresponder e sinto verdadeiramente a mão de Deus nesta nomeação do Papa Francisco. É a minha cara”, disse na ocasião, em entrevista conjunta à agência Lusa e à agência Ecclesia.
Nascido em Leça do Balio, Matosinhos, em 12 de dezembro de 1973, Américo Aguiar foi ordenado padre em 2001 e bispo em 2019.
É presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, tendo sido o principal rosto da organização do encontro mundial de jovens com o Papa, que se realizou em Lisboa entre 01 e 06 de agosto deste ano.