A Rádio Renascença tem história e memória.
Exactamente por esta razão, e perante a notícia da morte de Mário Soares, é justa e necessária uma referência ao seu papel determinante na defesa da democracia em Portugal.
Sem abandonar os seus princípios, Mário Soares recusou os caminhos da “questão religiosa” da I República e defendeu, antes e depois do 25 de Abril, o papel da Igreja em Portugal.
Em tempos muito difíceis, Mário Soares não hesitou em defender a Rádio Renascença opondo-se à sua ocupação; e ao fazê-lo, defendeu não só a liberdade de expressão, mas também a liberdade religiosa.
Prestar homenagem à sua memória, e apresentar sentidas condolências à sua família é um dever que aqui cumprimos, certos de que só Deus conhece o coração de cada homem e de que a eternidade nos espera a todos.