A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), local em que estaria a ser preparado por um aluno daquela instituição um ato terrorista, escreve em comunicado que "não existem nesta data indícios de se ter verificado a existência de um absentismo superior ao normal nas provas de avaliação realizadas nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2022".
Ainda assim, consciente de que as avaliações efetuadas decorreram num ambiente anormal, e dando cumprimento ao último passo do plano de ação gizado ainda antes de os acontecimentos se tornarem públicos, a direção informa que todos os alunos inscritos nos exames dos dias 11 e 12 de fevereiro, independentemente de os terem realizado ou não, "terão possibilidade de acesso a exames das mesmas disciplinas, a realizar na época extraordinária destinada aos alunos em situação de confinamento por efeito da pandemia COVID, mesmo que apenas para efeitos de melhoria da classificação obtida".
A FCUL agradece a toda a comunidade escolar "a confiança demonstrada, e a contribuição dada por cada um para a tranquilidade e civismo com que decorreram as atividades académicas durante este período",.
A direção daquela faculdade "não deixa de fazer um agradecimento muito particular aos alunos", "às suas famílias e aos docentes envolvidos.
Na mesma missiva, a instituição académica agradece às autoridades competentes pela sua eficácia na ação, "e ainda às muitas instituições internas e externas à Universidade de Lisboa que manifestaram a sua solidariedade ao longo deste processo, não querendo deixar de expressar explicitamente um agradecimento público à Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa que, pela sua postura responsável e altamente esclarecida, teve uma contribuição relevante para a manutenção possível do sentimento de normalidade".
Por fim, a faculdade anuncia que "não pretende vir a efetuar novas declarações públicas sobre os acontecimentos", e desafia os meios de comunicação em geral a assumirem uma postura de auto-contenção compatível com a defesa do superior interesse público.
Na quinta-feira a P anunciou ter impedido assim uma "ação terrorista" e ter apreendido várias armas proibidas. Em comunicado com o título "Impedida ação terrorista", a PJ adiantou que a investigação que levou à detenção foi desencadeada "por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa".
Segundo o comunicado da PJ, foram apreendidos "vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais". Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, "suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos" e vasta documentação, "além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear".