A Guarda Nacional Republicana (GNR) inicia esta quarta-feira a operação “Peregrinação Segura 2022”.
Até ao dia 15 de maio, esta força de segurança vai intensificar o patrulhamento nos acessos a Fátima, tanto mais que se espera que a peregrinação aniversária possa voltar aos números da afluência pré-pandemia, depois de dois anos de restrições.
A GNR está a preparar-se para um fluxo de peregrinos idêntico ao de 2019, quando estiveram no Santuário, cerca de 250 mil pessoas.
“Poderemos estar a falar de números parecidos aos que tivemos antes da pandemia”, embora possam existir “algumas condicionantes”, tendo em conta que “há muitas pessoas ainda receosas, mas podemos ter um ‘boom’ internacional que desconhecemos”, refere, em declarações à Renascença, a major Mafalda Almeida, deixando a garantia de que a GNR está preparada “para uma afluência ao Santuário parecida com a do ano de 2019”.
O 12 e 13 de maio levam milhares de fiéis ao Santuário de Fátima. No 105.º aniversário das aparições, intensifica-se a fiscalização quer nas chegadas, quer nas partidas, precisamente porque este ano, tudo é muito diferente, logo há que recuperar cuidados, provavelmente, até já esquecidos.
“Tivemos dois anos muito atípicos e neste momento estamos num regresso à normalidade, o que levanta algumas questões de segurança”, recorda a militar.
“Os condutores já não estão tão sensibilizados para o facto de haver a quantidade de peregrinos que vemos ao longo das estradas portuguesas e que estão a deslocar-se para Fátima, mas também os próprios peregrinos que, por diversas razões, deixaram de fazer a peregrinação e que retomaram esta atividade”, alerta Mafalda Almeida.
Esta é, assim “a principal novidade e que nos deixa aqui preocupados”, reconhece, no dia em que arranca esta primeira fase da operação “Peregrinação Segura 2022”, que vai durar até dia 11, à noite, incidindo, sobretudo, nos trajetos que os grupos de peregrinos mais utilizam para chegar a Fatima.
“Para os oriundos da região do Porto, o IC3 para os peregrinos oriundos de Lamego e Viseu, a zona de Pombal e Barracão, e depois a região de Aveiro, Mira e Figueira da Foz. Alguns itinerários secundários provenientes das regiões da Guarda e Castelo Branco. Também os itinerários provenientes da zona oeste, Torres vedras, Caldas da Rainha, Alcobaça e Aljubarrota e, depois, o itinerário de Coruche, Raposa, Santarém, Pernes e Minde, para os peregrinos oriundos de Évora e Beja”, sintetiza.
Considerando que cerca de 97% das estradas portuguesas encontram-se na área de responsabilidade da Guarda Nacional Republicana, o apelo é para que se efetue uma condução defensiva, com atenção ao controlo da velocidade. Para os automobilistas e peregrinos, nunca é de mais recordar alguns conselhos, tendo em conta algumas situações prioritárias e que possam constituir perigo.
“Uma delas é que muitas das vias utilizadas nas peregrinações, apresentam bermas deficientes ou mesmo inexistentes e, por outro lado, as condições de iluminação destas vias utilizadas na peregrinação”, então “o nosso conselho para os peregrinos é que tenham atenção à sua sinalização e à do seu grupo, no início e no fim”, indica a major Mafalda Almeida.
Por outro lado, acrescenta, “caminhar sempre na berma contrária ao sentido do transito, por forma a que os condutores também possam perceber e ter esta visibilidade sobre os peregrinos”.
A operação “Peregrinação Segura 2022”, composta por duas fases, prolonga-se até dia 15 de maio.