O bispo D. Joao Lavrador tomou posse como bispo da diocese de Viana do Castelo este sábado, véspera da entrada solene, na Sé Catedral.
No início da nova missão, D. João Lavrador lembrou que os interesses do mundo arranjam “todas as suas artimanhas para açambarcar” sem olharem “à condição da pessoa” e aponta dois possibilidades de caminho: a dos interesses particulares ou a da solidariedade.
“Esta solidariedade que nos foi pedida a partir do vírus não poderia ser aproveitada para, agora, conscientemente, livremente, humanamente podermos desenvolver esta realidade no sentido de maior equidade, maior solidariedade, maior fraternidade entre nós?” questionou, prosseguindo: “O outro caminho é deixarmos assaltar tudo e as coisas estão por aí, se puderem açambarcar e fazer com que venham todos os fundos para nós e para este e para aquele e por aí fora”, alerta.
Na chegada à diocese de Viana do Castelo, D. João admite estar preocupado, sobretudo, com os “marginalizados” e com os trabalhadores de “todas as áreas profissionais”, aos quais promete estar atento.
“Todas as áreas profissionais importam porque é onde realmente as pessoas estão, onde elas lutam e onde centram-se muitas das suas aspirações. Gostaria muito de acompanhar”, disse, sublinhando a importância do trabalho e a necessidade de apoio da diocese junto dos trabalhadores “porque muitos lutam com muitas dificuldades”.
O até agora bispo de Angra reconhece que em cada área profissional “há problemas particulares”, como os "problemas do pessoal médico, das empresas, dos serviços públicos", mas há também "uma realidade geral que atinge a todos. E que todos deviam estar em sintonia, em fraternidade.”, defende.