O presidente da ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável vê com bons olhos que a avaliação ambiental estratégica para definir o local do novo aeroporto de Lisboa seja feita "sem opções predefinidas".
Ouvido esta noite pela Renascença, Francisco Ferreira pede agora que seja assegurado "a qualidade, a independência e o rigor" dos estudos que vão ser feitos.
"É o procedimento tecnicamente e politicamente correto. Temos de ter decisões consistentes a serem tomadas", apela.
O representante da associação ambiental volta a rejeitar a opção Montijo, classificando-a como "inviável". Já sobre a possibilidade de Santarém, agora admitida pelo primeiro-ministro, Francisco Ferreira considera-a "válida como qualquer outra opção".
O presidente da ZERO diz que o fundamental "é a definição de âmbito" e o que importante é que se faça, numa primeira fase, "uma avaliação das hipóteses em cima da mesa" e, depois, "uma seleção mais detalhada das hipóteses que vão fazer parte de uma solução definitiva".
Esta tarde, Luís Montenegro referiu estarem "criadas as condições para que o Governo possa avançar nesta matéria e que, mais ou menos daqui a um ano, se possa tomar uma decisão final".
À Renascença, Francisco Ferreira estima que seria possível cumprir os processos necessários de decisão, até dezembro 2023, "se os trabalhos ativos começassem já em setembro".
"Também penso que não será por um mês ou dois que seja necessário estender. O importante é termos um calendário que seja viável e, esse, acreditamos que é possível tê-lo", aponta.