Abandono escolar atinge valor mais baixo de sempre
10-02-2021 - 13:48
 • Marta Grosso , Manuela Pires

Em 2020, a taxa atingiu os 8,9%, ultrapassando a meta europeia, de 10%. Há duas décadas, quando o indicador de abandono escolar precoce começou a ser apurado segundo uma metodologia europeia, Portugal registava valores próximos dos 50%.

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A taxa de abandono escolar precoce atingiu o valor mais baixo de sempre no ano passado, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados nesta quarta-feira.

Estes dados, constantes num comunicado do Ministério da Educação enviado à Renascença, mostram uma evolução constante, tendo, em 2019, a taxa de abandono escolar sido 10,6%, baixando dos 11,8% registados no ano anterior.

Os resultados agora conhecidos colocam Portugal a atingir a meta europeia, que era de 10% em 2020, e até a ultrapassá-la.

Contando apenas o território continental, a taxa de abandono escolar precoce foi de 8,4%.

Há duas décadas, quando começou a ser apurado este indicador, utilizando uma metodologia comum à escala europeia, Portugal registava valores próximos dos 50% de abandono escolar precoce, ultrapassando em cerca de 30% o valor da média europeia.

Os números relativos a 2020 “são ainda mais marcantes considerando que coincidiram com um aumento muito considerável do emprego jovem nos últimos anos”, refere ainda o Ministério da Educação no comunicado.

A tutela “saúda as comunidades educativas por mais este sucesso do sistema de educação e formação” e defende a continuidade da aposta em iniciativas “que se têm traduzido em resultados positivos”, como “o programa TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, o Apoio Tutorial Específico, a aposta no Ensino Profissional e na Educação Inclusiva, e a Autonomia e Flexibilidade Curricular, entre outras”.

O ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues admite ainda que reduzir o abandono escolar em tempo de pandemia é um desafio. “Por isso mesmo, em período de confinamento, determinou-se que são recebidos presencialmente as crianças e jovens em risco, através do reforço da comunicação entre escolas e CPCJ”, refere.