O cardeal patriarca de Lisboa sublinha o “entusiasmo” que existe em todas as dioceses do país na preparação da JML Lisboa. Em declarações à Renascença, a propósito dos dois meses que faltam para o evento, D. Manuel Clemente faz suas as palavras do Papa, e espera que o evento chegue a todos os jovens:
“Que esta Jornada seja para todos eles, e nós temos esta ambição de ter jovens de todos os países do mundo. Que seja para eles uma grande ocasião de encontro, uns com os outros, e com esta referência cristã, que é um encontro ainda mais forte, porque vai à raiz das coisas, e impulsiona depois para outra maneira de estar na Igreja e na sociedade. Nas várias sociedades que aqui se encontrarão”, afirma.
Para o patriarca “uma experiência deste género, como aquela que teremos certamente no princípio de agosto – e que já está a acontecer até nas dioceses, com a passagem da Cruz das Jornadas e do ícone de nossa Senhora -, tudo isto levanta um enorme entusiasmo que depois é preciso repercutir-se na vida pessoal e na vida das sociedades. E a JMJ vai ser isto”.
D. Manuel Clemente renova, por isso, o apelo à participação empenhada de todos os jovens num encontro que tem ainda mais relevância por se realizar no pós-pandemia. “Não digo apenas ‘sugiro’, mas ‘incito’ a que todos os que possam participar. Participem, porque vão ganhar muito com isso. Não só para nós portugueses, porque certamente nos tempos mais próximos não teremos outra ocasião assim, mas porque eles precisam de desconfinar”.
“Esta é a geração juvenil que esteve enfiada em casa com a pandemia, um pouco por todo o lado, numa altura em que mais precisava de conviver. Pois bem, também repetindo essa ideia do Papa Francisco, isto é o desconfinamento da juventude, e depois da juventude também da sociedade”.
No domingo de Pentecostes, em que presidiu ao Crisma de 112 jovens na Sé de Lisboa, o patriarca saudou a “vitalidade” dos jovens na Igreja, que contraria aqueles que falam em templos vazios e afastamento da fé.
“Jovens há, e de que maneira! Basta ver o que acontece à volta da Jornada Mundial da Juventude e das dezenas de milhar que estão diretamente implicados nela e na sua realização, quer portugueses quer estrangeiros. É uma coisa maravilhosa, cheios de entusiasmo, cheios de vontade de fazer uma coisa que é muito grande, que ultrapassa o que é habitual”.
“Quem tiver olhos para ver, e não tiver preconceitos, fica admirado a vitalidade juvenil da Igreja”, sublinhou à Renascença, à saída de celebração que encheu por completo a catedral lisboeta.
Numa mensagem divulgada entretanto no YouTube, D. Manuel Clemente reforça o apelo para que os jovens de todo o mundo se juntem à Jornada:
[atualizado às 16h26 de 1 de junho com vídeo de D. Manuel Clemente]