São três as instituições portuguesas que estão sob a alçada direta do Banco Central Europeu (BCE), devido à sua dimensão: Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e Novo Banco. Todos conheceram, hoje, a avaliação da autoridade monetária, sobre o respetivo risco, modelos de negócio, liquidez e fundos próprios.
Os resultados determinam os rácios de capital que devem cumprir e, no caso da CGD, o BCE reduziu a exigência (de 2,25% para 2%). Ou seja, o banco público está este ano mais seguro.
Já o BCP viu os critérios apertarem. A exigência aumentou (de 2,25% para 2,5%), o que obriga o banco liderado por Miguel Maya a reforçar a almofada, para prevenir eventuais choques.
No Novo Banco não há alterações, mantém o atual nível de exigência (3%), que continua a ser o mais elevado entre os três bancos.
O conselho de supervisão do BCE avança ainda que os bancos europeus estão sólidos, e as medidas de alívio da pandemia podem ser retiradas. No entanto, aumentou as exigências sobre o capital mínimo pedido a cada instituição.
O BCE avaliou também os grandes bancos estrangeiros em Portugal, mas as notas são atribuídas ao grupo. O espanhol Santander manteve as exigências (1,5%), o dono do BPI, o CaixaBank, subiu (de 1,5% para 1,65%).
No geral, entre os mais de 100 bancos avaliados, as exigências de capital aumentaram (de 2,1% para 2,3%), sobretudo por “insuficiência de provisões” para cobrir o risco de crédito malparado.
Ainda assim, o Banco Central Europeu defende que “as instituições de crédito têm posições de capital e de liquidez sólidas, com notações, em geral, estáveis”. Por isso, defende que sejam levantadas as medidas de alívio criadas para a fazer face à pandemia.